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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Esclarecendo alguns objetivos

Olá, 
gostaria de esclarecer algumas coisas sobre esse blog. Ele foi criado à pedido, ou melhor, à exigência, da minha professora de jornalismo impresso. Cada aluno precisava de um folhetim on-line de um tema à sua escolha. Cheguei até a ficar em dúvidas se fazia sobre capoeira. Pensei em fazer sobre saúde por achar que teria mais notícias sobre o tema. Mas acabei optando pela primeira opção por questão de afinidade. Ainda bem!

Como em toda aula da faculdade, achei que aqui eu teria que escrever textos jornalísticos, nos moldes que aprendi ao longo dos semestres. Textos informativos, não opinativos, de serviço, e que trouxessem notícias. Por isso, pensando em fazer um blog não para mim, muito menos para capoeiristas, mas sim, para a professora, criei o CAPOEIRABADA, com o título de "Por Dentro Do Grupo ABADÁ-Capoeira". 

Mas, com o passar das aulas entendi que essa ferramenta deveria ser completamente livre, à gosto do freguês. Que eu poderia escrever o que quisesse e como quisesse. Logo, para mim, o blog mudou completamente de foco. Isso não é um boletim da ABADÁ. Agora, posso escrever pequenas impressões, achismos e devaneios sob a minha perspectiva de capoeira. Por isso mudei o título do blog; o endereço do site, infelizmente, não tem como ser alterado.

Afinal, quem eu penso que sou para escrever sobre o grupo? Como eu poderia achar que manteria alguém informado das novidades através de um pequeno portal atualizado por uma mera laranja-amarela? No início, achei que faria isso somente para a professora ler, por isso não me importei tanto com o conteúdo. Mas agora, livre para colocar o que eu penso, e não somente as informações, transformo esse espaço em um diário pessoal.
Espero que estejam gostando! Grande beijo.

Ah! Às vezes fico sem temas e assuntos para escrever, por isso, sugestões sempre são bem-vindas.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Meu trabalho com Mestre Camisa

Se no último post eu justificava a minha ausência pela quantidade de tarefas que eu tenho tido, não preciso nem dizer que em semana de provas e de entregas de trabalho - juntamente ao meu aniversário! - as coisas se complicam ainda mais! É devido a esse nobre motivo que não escrevo aqui há um tempinho. Mas tudo tem seu lado bom! Um dos meus trabalhos para a faculdade era o tal perfil com o Mestre Camisa que eu já havia contado aqui: Meu Encontro Com Mestre Camisa

Ele ficou pronto e agora posso dividi-lo com vocês. Está cheio de defeitos, fiquei horas remoendo antes de postar, com vergonha do resultado, principalmente diante de tanta expectativa. Mas estamos aí para errar e ter humildade para compartilhar o erro, certo? E, independente de como ficou, esta realização foi algo  tão especial e de tanto carinho, que achei quase que um egoísmo guardá-la só para mim. Então aí vai, espero que gostem:


Ficaria muito feliz se eu tivesse a opinião de vocês! 
Ah, e para quem não viu o vídeo com a GoPro ainda, o último, com a câmera na cabeça, ele está nesse link daqui: Ponto de Vista - São Bento no Mercadinho
Volto em breve, agora tenho um tiquinho de tempo novamente!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Respeitando o Tempo...

Olá, 
acabo de chegar do aulão do CIEP e hoje tive vontade de escrever algo completamente atípico do que costumo redigir por aqui: o primeiro contato do meu namorado com a capoeira. É atípico pois é muito pessoal, mas, sempre fui adepta da teoria de que qualquer informação agrega à qualquer pessoa. Então...

Mesmo com algum tempo de namoro, o Pedro ainda não havia presenciado nada  de capoeira comigo, nenhuma roda, nenhuma aula, nenhuma música. Tive algumas oportunidades de levá-lo em algumas ocasiões, mas sempre achei que fizesse sentido levá-lo, pela primeira vez, em algo que enchesse os olhos, que fosse minimamente grande, ou um pequeno espetáculo. Imagina, se eu o fizesse acordar às seis da manhã para pegar metrô, baldeação e mais um ônibus para ir ao Jardim América em um domingo de sol, era capaz de ele pegar birra com a minha paixão e não querer ir a mais nada! Por isso achei que o aulão hoje seria um ótimo início. Próximo à sua casa, em um horário agradável e com uma boa comoção de capoeiristas fazendo o seu melhor, ainda mais hoje, em uma pequena memória ao nosso Camisa Roxa.

Quando ele chegou já havia acabado a travessia de floreios, uma das partes que eu queria que ele visse, pois é a que enche mais os olhos leigos. Eu estava bem nervosa, pois aquilo significava muito para mim. Eu iria descobrir finalmente se poderia compartilhar, nem que fosse um pouquinho, um grande amor com o outro! Ou seja, a capoeira com o Pedro. Acho que só capoeiristas poderiam entender o quanto essa relação pode influenciar na vida de alguém.

Começaram alguns jogos de benguela. Eu olhei para ele, ele estava no celular. Mais outros, ele havia sentado. Fui jogar para ver se conseguia prender um pouco do seu olhar e nada. A minha esperança era o São Bento Grande - ele adora ação! Foi quando finalmente o vi bocejar e resolvi acabar de vez com aquilo, estava sendo uma tortura para mim! Dei um beijo nele e falei para ele ir encontrar os amigos, que estavam em um bar por perto, e que já já ia encontrá-lo.
E murchei na hora. Incrível como aquilo me afetou. Meus jogos saíram completamente confusos; agressivos e impensados. Resolvi ficar de fora e extravasar minha energia batendo palma, mas não saía. Eram fracos estalos com respostas de coro mais baixas ainda. 

Ele não tem a sensibilidade tão aguçada quanto a nossa para detectar tamanha emoção na capoeira? Não. Mereço menos ele agora do que merecia antes? Tão pouco. Será que ele pode aprender a gostar de capoeira aos poucos? Não sei. O que acham? É sempre amor à primeira vista? Essas coisas simplesmente acontecem. Não conseguimos, aliás, nem podemos, ser iguais em tudo. Graças a Deus! Mas naquela hora eu simplesmente não conseguia enxergar nenhum lado positivo nisso.


O aulão já estava acabando, estávamos todos assistindo à roda final, quando o vejo retornar e espiar os jogos curiosamente. Muito provável que ele tenha feito isso por mim, para demonstrar que quer estar ao meu lado em momentos como esse, e não por ter se identificado com a capoeira. Mas... obrigada, céus! Há uma esperança! Como não tenho como ilustrar esse post de nenhuma maneira, vai uma foto do aulão. Que, aliás, foi tirada pelo Pedro:


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Por dentro da Roda do Mercadinho

Pessoal, primeiramente peço desculpas se não posto com a devida frequência. Mas em meio a faculdade, trabalho, monografia, namoro e a própria capoeira, fica um pouco difícil manter uma certa regularidade por aqui. Tento sempre escrever duas ou três vezes por semana, mas às vezes me complico.

Roda do Mercadinho em 2006 (Lobisomem)
Hoje, por exemplo, estou escrevendo em um intervalinho que pude ter em decorrência da falta de um professor meu. E aproveito para falar de um post que já havia prometido: a Roda do Mercado São José, em Laranjeiras. 
Infelizmente, não posso fazer a pesquisa que eu acho que o assunto merece toda vez que posto, por isso tenho sempre que me limitar ao meu próprio conhecimento. Mas espero que seja do agrado de vocês.

Quem é capoeira sente que aquele não é um simples espaço para roda. Há alguma energia no local, quase mística, que envolve todos, praticantes e curiosos, em uma sincronicidade cativante. Uma hipótese - a qual eu acredito, devo dizer - é a de que, nos tempos do império, era lá a senzala de uma enorme fazenda localizada no Parque Guinle, ali perto. Nos anos 40, Getúlio Vargas (sempre ele!) transformou a área em uma pequena feira, para "abastecer a população com produtos mais baratos durante a guerra", pelas próprias palavras do site institucional do bairro. Tamanho axé deve ser proveniente desse contato tão próximo com os nossos bravos descendentes, pelos quais lutamos até hoje.

Gigi em ação ao comando de Mestre Camisa
Após duas décadas de abandono, o Mercadinho foi revitalizado em 1988, para ser, finalmente, tombado como patrimônio cultural em 1994, após muito esforço dos moradores da área. 
Mas vamos ao que interessa: em 1991 começou a nossa tradição em formar rodas de capoeira por lá, que docemente batizamos de Roda do Mercadinho. Hoje, 22 anos depois, desfrutamos dessa energia todo primeiro sábado do mês, em uma vadiação democrática e animada, sempre finalizada com um belo lanche da Dona Maria.
Iniciantes, graduados e professores; adultos, adolescentes e crianças; Benguela, São Bento Grande, Samba de Roda e Angola; Regionais ou qualquer praticante de outro segmento; brasileiros e gringos. Tudo é sempre bem-vindo nesse espaço que funciona, na minha opinião, como um enorme abraço. Eu mesma, mera corda laranja-amarela, já levei convidados de outros grupos de capoeira, que foram tão bem aceitos quanto em um lar qualquer.
A chamada de Camisa Roxa no Mercadinho
São tantos os que já passaram pelo Mercadinho, que, se cada um deixou uma pontinha do seu bem, pode-se explicar o porquê do alto astral de lá: Camisa, Camisa Roxa, Nagô, Cobra, Morcego, Mestre Medeiros, Nacional... E todos os outros que tenham jogado ou simplesmente batido palma de peito aberto por lá.

Pensei em compartilhar aqui alguns áudios que foram gravados por mim na Roda do Mercadinho, mas acabo de descobrir que o Blogspot não tem essa ferramenta. Fica para a próxima! Deixo aqui então imagens que catei internet adentro.

Se a razão de uma roda fechadinha de capoeiristas é não deixar o axé passar, podemos dizer que isso, as antigas paredes do Mercado São José também fazem muito bem. 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Boa viagem, Camisa Roxa!

Grão-Mestre Camisa Roxa nos Jogos Europeus de 2013
Sempre acendo incenso no meu quarto na segunda-feira. Mas ontem, quando cheguei em casa, resolvi acender um.
Acendi e sentei no computador para escrever o texto sobre o Esquilo. Publiquei o post com o coração pequenininho e então entrei no Facebook para dar uma última espiada do dia. Foi quando, na pior das ironias, fui surpreendida com uma avalanche de homenagens a mais um que partia. E uma avalanche de sentimentos.

Tentei voltar aqui para escrever, mas não consegui, estava fraca demais. Preferi ir dormir, fazer a minha oração e voltar aqui no dia seguinte, hoje, com a alma mais calma.
Mais uma vez, com o coração pequenininho, venho aqui relatar outro capoeirista que se vai. O nosso sereno Grão-Mestre Camisa Roxa.

Engraçado, ontem enquanto escrevia o texto sobre o Esquilo, coloquei um parágrafo em que dizia que devemos aproveitar ao máximo os momentos que temos com a nossa arte. Pois era horrível ver algum grande capoeirista partir sem ter tido algum mínimo contato com ele, sem ter presenciado um pedaço dessa história. Ontem, fiquei insegura quanto a essa afirmação e apaguei. Hoje, ela se torna mais exata do que nunca. Mas algo é certo, esse blog tem me mostrado o quanto é difícil colocar emoções em palavras. Consigo apenas permear as beiradas.

Não tenho a menor ousadia de fazer uma homenagem àquele que foi considerado o melhor aluno de Mestre Bimba, não tenho esse cacife. Só gostaria de agradecer em nome de todos os capoeiristas, da ABADÁ ou não, novos ou antigos, graduados ou alunos, pela sua passagem pela Terra. Você iniciou uma era na capoeira pós-Bimba e agora cabe a nós continuar.

Espero que o incenso que eu acendi ontem, quase que sem querer, tenha chegado em seu caminho e no conforto do coração do Mestre Camisa e de todos os outros amigos e familiares.
Eu ia terminar o texto com um "Adeus, adeus! Boa viagem!", mas prefiro colocar um "até logo"!
Vá com todos os deuses desse universo imenso que a capoeira abraça!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Calou seu gunga, nossa viola chora - Esquilo

Esse post deveria ter sido escrito ontem. Mas, como tempo é algo relativo, vamos fingir que ainda estamos em 17 de abril.

Ontem completou dois anos que o professor Esquilo, aos 34 anos, se foi e achei mais do que justo prestar uma homenagem. O Esquilo é para mim um perfeito exemplo de "saudade do que nunca se viveu", sentimento que tanto tenho quando a história é capoeira. Eu só soube da sua existência no dia de seu falecimento, quando o meu professor, após conduzir a aula somente com as suas cantigas, nos contou a triste notícia (sim, estou na capoeira há dois anos e meio somente!).

Depois da aula fui pesquisar um pouco sobre ele. E fui instantaneamente cativada por esse capoeirista completo; jogador, compositor e cantador. Até como pessoa me encantei, mesmo sem tê-lo conhecido, seu sorriso nas fotos deixa transparecer o doce que era.

Até hoje acho difícil encontrar outros jogos de capoeiristas da ABADÁ que me prendam tanto a atenção quanto o do Esquilo me prende. Com um estilo completamente único e característico, até a pessoa mais míope consegue identificá-lo na roda, sempre tão leve e espontâneo.
Esse vídeo é a prova. As imagens são quase indecifráveis, mas você percebe facilmente qual dos jogadores é o professor:





Extremamente original, a identidade do seu jogo se aplica às suas músicas e voz. Basta um verso para percebermos que a música é sua. Basta um iê para sentirmos que é ele cantando.
São inúmeras as músicas dele que eu poderia colocar aqui. Dei até uma olhada nelas, mas foi impossível escolher uma, duas ou três. Por isso, vou colocar duas, de outros dois capoeiristas, que fizeram homenagens póstumas a ele.

Essa me ganha na emoção: Falamansa - Adeus Irmão

Adeus irmão…
Hoje você é poesia
Se tornou aquela estrela
Que você contou um dia

Chegando lá no céu
Jogou angola de mansinho
Logo em seu primeiro jogo
Foi com o Mestre Bigodinho

Quando a roda terminou
Seu Bimba falou dessa maneira

O jogo da vida acabou
Seja bem-vindo capoeira

Recebeu um elogio
Pelas cantigas e cantar
Quando foi ver de quem era
Era o grande Mestre Waldemar

Cada jogo um improviso
Cada rima uma canção
Você foi, mas com certeza
Ficou em nosso coraçao

Sua ginga encantou
Até quem não lhe conheceu
Hoje a capoeira chora

E o berimbau esmoreceu

Já se foi mais um poeta
Mais um bamba de valia
Deus o tenha em bom lugar

Então meu irmão até um dia!


Essa me ganha pela genialidade com que foi construída, usando, em cada estrofe, trechos ou variações das próprias composições do Esquilo: Perninha - A capoeira não esquece

Eu sou um grão de areia ioiô
Que voltava no tempo se pudesse
Contava as estrelas dos céu
De bamba a capoeira não esquece

Cantou as histórias de Lemba na roda
Berimbau tocou foi pra beira do mar

Mas antes avisou seu moço cuidado 
Que faca de ponta quer lhe furar
 

Perguntou de onde vinha aiê
Toda mandinga do mandingueiro 
Já sabia que pra ser capoeira 
Tem de ter dendê ser forte guerreiro

Lá do alto da ladeira canavieiro 

Nunca foi de querer muito ou reclamar
Viu o menino gingando na ribeira
E foi no balanço do mar

Improvisador inspirou tanta gente 

De um golpe avisado não teve esquiva
O corpo responde o que passa na mente
Mas sua alma na roda sempre estará viva



Estou me esforçando para não cair no apelativo da emoção, mas, não queria deixar de compartilhar isso. De todos as partidas que vi no pouco tempo em que estou na capoeira, a do Esquilo é sempre a que mais me entristece. Não sei explicar o porquê.
Nos resta mandar todas as energias para que ele curta em paz a sua roda nas nuvens. Por aqui, não nos falta maneira de eternizarmos esse capoeirista.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Meu Encontro Com Mestre Camisa


Antes de mais nada, peço licença a Nestor Capoeira pelo título em que parafraseio a sua série, a qual mencionei dois posts atrás. Permissão concedida, então prosseguindo:

Já havia comentado aqui sobre um tal trabalho, que venho fazendo para a faculdade, sobre Mestre Camisa. É coisa simples, 5 minutinhos de matéria de um perfil de algum "pensador". Leia-se pensador: alguém que tenha algo interessante a dizer, nada a ver com um intelectual. Pode ser tanto um ministro como um motorista de ônibus. E, como boa parte dos trabalhos que me pautam na faculdade eu penso em fazer sobre capoeira (esse blog é um exemplo disso), essa tarefa não fugiu à regra: queria falar sobre o Mestre Camisa, o nosso Mestre.

Honesta e humildemente, não cabe ostentar o trabalho, nem criar expectativas com ele. É apenas uma experiência de três aspirantes a jornalismo que, no final das contas, nem cairá em nosso portfólio. A única coisa que realmente poderia me interessar a falar aqui é sobre o contato que tive com Camisa para realizar esse trabalho.

Após alguns telefonemas - muito nervosos - com o Mestre, consegui marcar uma entrevista com ele em seu habitat natural, o CEMB. Tínhamos certeza de que teria que ser gravado lá, pois a fazenda falava por si só, seria um personagem tão forte (ou quase tão forte) quanto o nosso protagonista. E assim fomos no domingo, 14 de abril. Eu, as duas meninas que formavam o trio comigo, Clara e Mariana, e mais dois amigos-capoeiristas que se animaram com a oportunidade de ter essa proximidade com tamanha inspiração em uma tarde. O graduado Gringo e a Bailarina, que foram tão indispensáveis quanto qualquer outra peça dessa missão! Obrigada!

Pensei em falar no tanto em que aprendi nessas horas com o Mestre Camisa, seja sobre capoeira, seja sobre a vida. Pensei em falar sobre a sua visão de religião e de Deus, que tanto se iguala à minha. Pensei em falar que aprendi mais sobre política nesse encontro do que em muitas aulas na faculdade. Pensei em falar sobre o quanto ele parece com o meu pai quando o assunto é natureza. Pensei em falar sobre o pulo que dei ao passado enquanto ele relatava tantas histórias surpreendentes. Pensei em falar sobre a aula de sociologia e cidadania que ele deu para os cinco presentes. Pensei em falar como aprendi sobre os homens somente ao observar como ele trata os animais. Pensei em falar em como fiquei emocionada quando ele humildemente nos serviu um lanche ao final do papo. Pensei em falar tanta coisa que preferi não falar nada, pois, por mais que tentasse, não conseguiria demonstrar o quanto essa tarde ficou marcada para mim.
Palavras são poucas para agradecer. Axé!