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domingo, 14 de abril de 2013

Ele Faz Cafuné - O livro


Ele Não Joga Capoeira, Ele Faz Cafuné
Se Mestre Camisa diz que "a melhor forma de aprendermos capoeira é jogando, a segunda melhor é assistindo, e a terceira é conversando sobre", acrescento aqui uma quarta maneira de se aprender: lendo. Sem querer deixar as músicas de lado.
E engana-se também quem acha que lendo aprende-se só conteúdo. Pode-se melhorar (e muito!) o nosso jogo somente com a leitura. 

Então, foi pensando nisso que resolvi ler um livrinho para postar para vocês. Esse não é o único que li, o único que tenho, nem tampouco o que acho melhor. Mas como é o último que comprei e, por isso, está mais fresco na cuca, vai sobre ele por enquanto:

Ele Não Joga Capoeira, Ele Faz Cafuné é quase um pocket book, com que você pode dar um mergulho na academia de Bimba em uma tarde de leitura. Quem assistiu ao documentário Mestre Bimba - Capoeira Iluminada já conhece Sergio Fachinetti e a história que deu o nome dessa mini-obra. Ex-aluno de Bimba, Sérgio, ganhou o apelido do Mestre devido a sua imensa timidez.
Cafuné, pelo dicionário, é como se fosse uma carícia. E é isso, simples assim, seu jogo é uma carícia, assim como o seu livro. Com muita ternura, em capítulos curtinhos, de três ou quatro páginas, ele descreve pontos da sua vivência e formatura com o Dr Bimba, como o chama vez ou outra.

Para quem ainda não conhece muito sobre a história da capoeira regional, Ele Não Joga Capoeira, Ele Faz Cafuné pode ser uma boa ferramenta de beabá, pois explica a sua origem, seus percalços e também, muito da técnica do jogo.

Cafuné
Para os um pouco mais ingressados, pode ser que não haja novidades no que Cafuné escreve, mas mesmo assim, a leitura é válida. Pois te traz sentimentos e nostalgias do que nunca se viveu, com comentários sobre o cheiro que a academia exalava, ou sobre a roupa que Bimba usava, ornamentada pelo apito pendurado no pescoço.

Um exemplo, ao menos para mim, valeu entender a importância do apelido. Que não, não era somente para a lenda de ser desconhecido entre os policiais. Mestre Bimba acreditava também que era essencial para estimular a criatividade de seus alunos.
Outra novidade agora é de poder compreender o meu professor Morceguinho, que tanto nos multa com sucos e mais sucos quando fazemos algo errado na academia. Entendo agora que nada mais é do que uma herança das raízes da Regional bahiana. Obrigada, professor!

5 comentários:

  1. Gostei do seu estilo leve e despojado de discorrer sobre a obra e de sua forma inspirada de contar histórias. Parabéns Cristal!

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  2. Parabéns Cristal, pode iniciar aqui um portal de debates sobre os livros. Segue aqui uma sugestão de um bom livro...
    Beijos

    https://www.google.com.br/search?q=a+capoeira+escrava+e+outras+tradi%C3%A7%C3%B5es+rebeldes+no+rio+de+janeiro&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=cDZvUe-ZBIay9gTKtYHIAw&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1360&bih=643

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    1. Opa, obrigada pela dica! Já vou procurá-lo para ler!

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  3. O Mestre Cafuné é muito doce no jeito de falar também, o apelido é perfeito pra ele. Mestre Bimba sabia o que fazia...rs

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